Bênção Irlandesa “Que o caminho seja brando a teus pés, Que o vento sopre leve em teus ombros. Que o sol brilhe cálido sobre a tua face, Que as chuvas caiam serenas em teus campos. E até que voltemos a nos encontrar, que a Deusa te guarde na palma de Sua mão.” Que assim seja... Paz e Luz no teu caminhar
sábado, 26 de março de 2011
Ausencia de alma
Hoje sinto a minha alma ausente...hoje não a sinto nem transcendente nem criativa...nem tão pouco técnica...pura e simplesmente esfumou-se......
Abriram-se fossos, lutas honestas que nenhuma forma terapêutica poderá combater...afastei.me totalmente do ego ansioso e sedento, parti para uma perspectiva distante e multifacetada...um turbilhão emocional conduz-me do ego para a alma...aquela que hoje não sinto.......talvez culpa de uma autocrítica que me acompanha e se faz constante...ter-se-á cansado da minha matéria?? provavelmente cansou-se dos destroços de tão pesados serem...talvez se tenha cansado de arder no fogo das minhas defesas....a minha sabedoria própria contradiz o mundo...entrego-me o mais possível a este espaço em que me defendo, ataco e recuo...invoco assim mistérios de coragem as vezes gasta...quero que o sonho me leve ao desconhecido, sem tentar decifra-lo, compreende-lo ou explica-lo...existe uma parede entre o sonho e a experiência e essa a cada dia esta mais fina ..está mais frágil......quero inclinar-me em direcção ao nao racional..para assim poder reagir aos pseudo-intelectualismos desta época...nao quero que a minha intuição seja um eclipse mas uma presença constante......sinto-me a fechar o circulo até ao centro do vazio...assim sem sentir a vida a passar por mim.....sinto um processo continuo e infindável, nao de uma vida mas de muitas....viagens que nunca terminam apenas recomeçam...viagens que combatem o hábito e a aculturaçao...estou submersa numa loucura passageira.......alturas há que personalizo a ira que por vezes me assola...e afinal basta-me um minuto de atenção para perceber que até essa é permeável e desnecessária......muitas vezes tento soltar-me da gravidade através de fantasias utópicas de mundos perfeitos e de situações ideais...ás vezes sinto-me uma borboleta nocturna que não consegue resistir ao brilho da lâmpada e que pelo sonho de voar bem alto acaba por morrer queimada...mesmo assim a minha alma...aquela que hoje não sinto ,esta profundamente gravada em todas as cores do universo...no entanto neste ponto limiar dos sentires surge sempre na minha vida uma confiança irónica......
Grimoire Marques
15-01-2010
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