Bênção Irlandesa “Que o caminho seja brando a teus pés, Que o vento sopre leve em teus ombros. Que o sol brilhe cálido sobre a tua face, Que as chuvas caiam serenas em teus campos. E até que voltemos a nos encontrar, que a Deusa te guarde na palma de Sua mão.” Que assim seja... Paz e Luz no teu caminhar
sábado, 26 de março de 2011
Circulo
Fico surpreendida, fico estática, fico num tempo que nao é real, num mundo que aqui nao pertence...num espaço que cruza e devasta este tempo e espaço estéril, surrealisticamente consigo fugir..consigo abraçar-me bem cheia de mim num eclipse só possível no encontro do meu eu, todo o meu mundo se rege por uma anarquia de sentimentos, que brotam quando querem e que partem quando lhes apraz...existe por vezes um estado de crueldade interior que se delimita a ele mesmo...sento-me no cimo da montanha da minha alma e observo as formas que as árvores tomam á passagem do vento...também elas dançam e rejubilam de prazer...egoisticamente fecho-me ao mundo exterior para me poder abrir mais a mim, numa dimensão muito familiar mas cega a muitos dos mortais que por aqui habitam...num baile interior de sentires...num avassalamento de êxtases, deito-me em mim mesma ...deixo-me escorregar pelos cheiros envolventes num toque que prima pela suavidade de um tacto que transborda amor.....envolvo em cetim azul a minha alma para assim a poder embelezar e aconchegar, para assim ajudar que ela consiga ser ainda mais alma...ironicamente estilhaço o físico em prol da alma....desgasto a matéria em prol do etéreo ..da fonte...do divino...neste jardim de sentires muitos por aqui habitam, alguns criteriosamente enviados numa perplexidade de encontros e reencontros...partes de almas que de algum modo encaixam na minha...em jogos de sentires intensos em traços de lembranças momentâneas......há veus que se agitam em movimentos sensuais que me tocam a pele em frenesins de prazer...movimentos que completam esse jogos de amor e cor...esses jogos de visoes proibidas... de toques enclausurados...ás vezes quase se poderia chamar uma inquisição...uma inquisição de sentires.....nesta dualidade de sentires, nesta castração da realidade abandono-me, fujo de novo e só para mim outra vez...corro loucamente em busca de uma liberdade inteira onde não existam barreiras castrantes..corro em círculos na busca dessa doce porta, faço círculos e mais círculos e volto sempre ao mesmo....volto porque a alma assim o impele, volto porque a vontade é rainha, volto porque os sentires me gritam... mas na controvérsia a razão emuda-se de um silencio que por vezes me corrói como um acido......
Grimoire Marques
29-12-2009
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